Perda de cabelo tem muitas causas possíveis

10 de outubro - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Todos os dias, a maioria das pessoas geralmente perde 50 a 100 de seu universo de 150 mil fios de cabelo. É o normal – e isso geralmente não causa nenhum efeito notável de falta ou falhas no couro cabeludo porque o cabelo novo está crescendo ao mesmo tempo.

A perda de cabelo ocorre quando este ciclo de crescimento e derramamento de cabelo é interrompido ou quando o folículo piloso é destruído e substituído por tecido cicatricial. Mas, segundo os próprios dermatologistas, as causas exatas da perda de cabelo nem sempre ficam 100% claras.

Foto: Shutterstock
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Geralmente, no entanto, o problema está relacionado a um ou mais dos seguintes fatores: hereditariedade, mudanças hormonais, condições médicas, uso de medicamentos ou produtos químicos, questões psicológicas. É o que dizem relatos da American Academy of Dermathology, nos Estados Unidos, que faz estudos sobre essa e outras condições de pele a longo prazo.

A boa notícia da AAD é que praticamente todas as questões relacionadas à perda de cabelo têm controle ou mesmo cura. Conheça os principais motivos do problema de acordo com o órgão – e por que eles ocorrem.

Histórico familiar

Os homens são os mais atingidos pela chamada alopecia androgenética, a calvície por fatores hereditários. O risco dessa herança perpetuar de pai para filho é de 15% – uma calvície que pode surgir já dos 18 aos 25 anos em pessoas que possuem o par de genes responsáveis pela calvície. A alopecia androgenética começa com falhas nas laterais da testa e na parte superior da cabeça e não tem cura, mas pode ser controlada com medicamentos (cujo uso deve ser acompanhado por um especialista) ou transplantes.

Alterações hormonais

Qualquer deficiência hormonal pode resultar na queda de cabelo. Problemas em glândulas endócrinas como tireoide, suprarrenal e hipófise desregulam o organismo e atrapalham a ação dos nutrientes no organismo – influenciando, por exemplo, nos folículos do couro cabeludo. Em momentos como o pós-parto, por exemplo, também pode ocorrer perda de cabelos até que os hormônios da mulher voltem ao normal.

Dietas muito restritivas

Quando se segue um cardápio com deficiência de alguma vitamina (como as do complexo B ou C), carboidrato, proteína ou mineral (como o zinco e o ferro), pode haver uma queda bem mais acentuada de cabelo. Corrigindo o problema com o acompanhamento de um nutricionista, a perda de cabelo tende a cessar.

Uso intenso de secadores

Pessoas com um tipo de cabelo mais fino e frágil podem sentir mais a queda de fios pela utilização de secadores e chapinhas de alisamento. Com os cabelos molhados após o banho e a penetração de gotículas, o contato com o forte calor dos aparelhos leva à formação de bolhas de ar dentro do cabelo, favorecendo a queda. No caso das chapinhas, o uso deve ser mais espaçado e, para o secador, ajuda se a pessoa mantiver o aparelho a 30 centímetros de distância da cabeça e em temperatura morna.

Penteados muito presos

Algumas formas de arrumar os cabelos, como o rabo de cavalo, tencionam os fios e facilitam a quebra e a inflamação no folículo capilar. É um hábito que, se levado ao extremo, pode causar inclusive alopecia por tração (a perda total do cabelo). O correto é não prender o cabelo enquanto estiver molhado e não deixá-lo tensionado por longos períodos.

Uso de química

A escova progressiva é um dos tratamentos de beleza considerados mais agressivos ao cabelo. O contato do couro cabeludo com concentração elevada de formol e o glutaraldeído promove inflamações e, depois, a queda dos fios. É essencial respeitar os limites anunciados por agências reguladoras (como a Anvisa), e dar um intervalo de três a quatro meses entre procedimentos.

Anemia

A deficiência do ferro, importante para a produção de glóbulos vermelhos e o transporte de oxigênio no sangue, pode influenciar na questão hormonal, inflamações, infecções. Na falta desse mineral, a queda de cabelo pode ser um dos sintomas a aparecer, já que a anemia compromete a produção de fios e fragiliza os já existentes por falta de oxigenação no bulbo capilar.

Estresse

O estado de estresse faz com que o corpo use mais energia que o normal (“roubando” nutrientes para essa função exagerada). Nessa situação, o organismo inteiro perde uma grande quantidade de vitaminas e minerais e, além disso, passa a produzir mais cortisol, hormônio que desacelera a divisão celular. Em casos muito severos, a queda pode chegar à metade do total de fios.

Avanço da idade

A partir dos cinquenta anos, o couro cabeludo fica menos espesso, o que prejudica as glândulas sebáceas e sudoríparas – assim como a circulação na região, dificultando a chegada de nutrientes para a produção do fio. Assim, os fios sofrem um afinamento e, depois, a queda. Em geral, podem ser usados medicamentos, mas com o acompanhamento de um dermatologista.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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