“Pílula do câncer” afronta rigor de pesquisas médicas
A discussão aberta no país sobre os supostos resultados terapêuticos da fosfoetanolamina sintética no tratamento de pacientes com câncer parece marcada menos pela obediência ao rigor científico e à prudência que pela paixão, elemento a ser evitado não só no debate, mas, principalmente, nas pesquisas médicas.
Produzida no Instituto de Química da USP, em São Carlos (SP), e distribuída informalmente desde 2014, a substância pode estar a meio caminho de ser uma panaceia, mero placebo, ou, como querem aqueles que defendem sua preceituação, um remédio de fato eficaz contra o mal. Mas, por não ter sido submetida aos protocolares e rigorosos testes (de confiabilidade e contra efeitos colaterais) que antecedem a liberação comercial de produtos médicos, deve permanecer na gaveta dos experimentos curiosos.
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