Polêmica sobre câncer de próstata divide médicos
A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade passou a contraindicar o rastreamento de rotina do câncer de próstata por toque retal e dosagem de PSA (antígeno prostático específico) no sangue e está sendo combatida pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A SBU defende o diagnóstico precoce e exames preventivos.
Os dois lados sustentam seus pontos com estudos internacionais. Para Rodrigo Olmos, professor do departamento de clínica médica da USP, além dos estudos, evidências contra o rastreamento de rotina estão se acumulando na última década e a grande maioria dos tumores encontrados pelo rastreamento não se comporta agressivamente, diz.
Os urologistas dizem que os médicos de família ignoram particularidades do tumor na próstata. Uma delas é que os sintomas da doença demoram a aparecer e esperar significaria ter de lidar com o tumor já em estágio avançado.