Poluição atmosférica pode afetar fertilidade masculina

28 de maio - 2019
Por: Equipe Coração & Vida

 

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Meninos devem buscar médico andrologista desde a puberdade, e homens adultos devem fazer, ao menos, um espermograma por ano

Além de causar problemas respiratórios, a poluição do ar também pode afetar a fertilidade masculina. É o que comprova uma série de pesquisas realizadas pelo Grupo de Estudos de Saúde Masculina, da Universidade de São Paulo. A última delas — concluída neste mês de maio e aguarda publicação — mostra que a contínua exposição a poluentes atmosféricos prejudica a produção de espermatozoides. Em 2017, outro estudo realizado em São Paulo, pela mesma equipe, já havia mostrado que a poluição do ar também diminui a capacidade de o microgameta se locomover em direção ao óvulo.

Coordenador do grupo, o andrologista Jorge Hallak destaca que 85% dos casos de infertilidade podem ser revertidos. A recuperação é viável até certo grau, por isso, quanto antes o problema for descoberto, mais fácil será reverte-lo. “É muito importante incentivarmos que os meninos comecem a ver um andrologista desde a puberdade, e que os homens adultos façam ao menos um espermograma por ano”, explica o médico.

De acordo com especialista, o tratamento dura de três a seis meses, e envolve o uso de medicamentos e mudança no estilo de vida — fatores como obesidade e uso de drogas também interferem na fertilidade masculina. Para se ter ideia, o esperma dos homens obesos é mais pobre em espermatozoides, o que pode ter impacto direto sobre sua fertilidade.

Considera-se poluente qualquer substância, sob a forma de gás ou partículas, presente no ar que, por sua concentração, possa torná-lo impróprio ou nocivo à saúde, causando mal estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, as maiores causas da introdução de substâncias poluentes à atmosfera são provenientes de processos industriais, geração de energia, de veículos automotores e de queimadas. É importante destacar também o cigarro, os metais e os pesticidas.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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