Psoríase: informação é a melhor forma de combater o preconceito

29 de outubro - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

Cerca de 2% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas têm psoríase e sofrem com o preconceito causado pela falta de informação.

A doença é crônica, inflamatória e não contagiosa, afetando principalmente a pele.

Psoríase: informação é a melhor forma de combater o preconceito
Foto: Shutterstock

No Brasil, aproximadamente 3 milhões de brasileiros sofrem com os sintomas da doença, que tem um alto impacto na qualidade de vida dos pacientes.

Para desmitificar o preconceito, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou a campanha “Um Toque de… Conhecimento, Inspiração e Informação”, com a exibição de um documentário contando a história de dois pacientes, Shirlei Nidia Pereira, 40, e Alexandre Ultramari, 72, e seus testemunhos sobre dificuldades e superações para enfrentar a doença.

Segundo a SBD, a psoríase não tem cura, mas, com o tratamento adequado, é possível conviver com a doença.

“Queremos mostrar que o paciente com psoríase merece ser tratado com igualdade por todos. No documentário, buscamos valorizá-lo e frisar a importância da realização do atendimento por um médico dermatologista”, afirma o presidente da SBD, Gabriel Gontijo.

O coordenador da campanha, Marcelo Arnone, destaca que a ação visa desmitificar o preconceito. “A intenção é que seja um vídeo viral, para que muitas pessoas tenham acesso e possam espalhar essa ideia.”

Segundo a Associação Psoríase Brasil, pesquisa realizada pelo Ipsos Healthcare mostra que 81% das pessoas com a doença se sentem constrangidas em expor o corpo e 27% têm dificuldade sexual.

Tratamento

O tratamento deve ser acompanhado por um dermatologista.

É importante utilizar medicação local, hidratantes e tomar banho de sol. Também há medicações via oral e intravenosa.

Além dos tratamentos específicos para doença, em alguns casos é recomendável buscar terapia com psicólogo para ajudar a controlar o desgaste emocional causado pela insatisfação com a aparência.

Testes

Reportagem publicada ontem pela Folha informa que a indústria farmacêutica está conduzindo testes com novos remédios contra a psoríase.

Eles inibem a interleucina 17, proteína que envia um sinal para células da pele e faz com que elas cresçam exageradamente, causando a pele grossa e as placas típicas da doença.

Três farmacêuticas estão conduzindo estudos com drogas anti-IL 17.

Um estudo com a droga, o secuquinumabe, mostrou que, após três anos, 64% dos 320 pacientes mantiveram índice de 90% de melhora. Índice similar, de 85% de melhora, foi obtido por 83% dos pacientes no período.

Em estudo de fase 3 (última antes da aprovação) com 679 pacientes de 24 países, 79% deles tiveram melhora de 90% na 16ª semana, em comparação com 57,6% dos pacientes que usaram o Stellara, que tem outra proteína como alvo e já foi aprovado no Brasil.

Fatores de risco

Apesar de as causas ainda não estarem totalmente esclarecidas, é possível identificar fatores que levam ao aparecimento da doença:

– Predisposição genética

– Estresse emocional

– Infecções

– Traumas físicos e psíquicos

– Efeito colateral de alguma medicação

– Tabagismo

– Alcoolismo

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

Compartilhe:

Dúvidas?
Envie sua pergunta para o

RESPONDE

acesse

Notícias Relacionadas: