Risco de transmissão de zika nas Olimpíadas é “muito baixo”, diz OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu na terça-feira (14), após reunião do Comitê de Emergência, em Genebra, que os riscos de os turistas contraírem zika em áreas de transmissão da doença são os mesmos com ou sem Olimpíadas.
Mitos e verdades sobre zika e microcefalia
A OMS reiterou ainda que é “muito baixo” o risco de propagação internacional do vírus durante os jogos, já que no inverno os índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti atingem seu menor índice.
No último dia 10, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, informou que os índices de zika caíram 87% no país no comparativo entre fevereiro e maio deste ano.
Após a reunião de ontem, a OMS reforçou ainda as recomendações já realizadas aos viajantes, principalmente às grávidas, para que evitem áreas de risco, e a seus parceiros, para que assegurem práticas sexuais seguras ou se abstenham de sexo.
A organização também alertou para que o Brasil continue o seu trabalho de intensificar as medidas de controle dos vetores.
“A recomendação da OMS deve confirmar a vinda de turistas para o Brasil para acompanhar os jogos olímpicos”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Segundo ele, o Brasil vai continuar “dialogando com a Organização Mundial da Saúde e o Comitê Olímpico Internacional, e adotando eventuais novas recomendações”.
Zika
O zika é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. O site Coração & Vida faz um alerta para que a população não descuide dos criadouros. A dica é sempre adotar hábitos como armazenar lixo em sacos plásticos fechados, manter a caixa d’água vedada e não deixar água acumulada em calhas.
Também é importante encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.
Segundo último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (15), o país registrou 1.581 casos confirmados de microcefalia.
A pasta investiga outros 3.047 casos suspeitos e 3.308 já foram descartados. Ao todo, 7.936 casos foram registrados no país.
Também foram notificados 317 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus zika – 73 deles já confirmados. Outros 198 continuam em investigação e 46 já foram descartados.
A maioria das notificações foi registrada na região Nordeste, sendo Bahia o Estado com o maior número de casos investigados (667), seguido por Pernambuco (474), Paraíba (297), Rio de Janeiro (276) e Rio Grande do Norte (258).
Em fevereiro, a OMS declarou emergência internacional de saúde pública por conta do vírus zika e sua possível associação com a microcefalia e síndromes neurológicas.
O alerta é emitido em casos extremos, como ocorreu com o vírus ebola, e ajuda a mobilizar recursos para o combate à doença.