Roberto Kalil faz alerta sobre medicamentos de combate ao colesterol

07 de agosto - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Às vésperas do Dia Mundial de Combate ao Colesterol, o cardiologista Roberto Kalil faz um alerta que pode poupar muitas vidas: não parar de tomar os medicamentos para colesterol por conta própria, já que isso pode aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), encurtando os anos de boa saúde que cada um pode ter.

Aprenda a equilibrar o colesterol com a alimentação

“Quando se começa um tratamento com estatina ou outras medicações, não se deve parar sem ordem médica”, alerta. De acordo com o especialista, a prova disso está em um estudo recente publicado nos Annals of Internal Medicine, que acompanhou milhares de pacientes que tomavam remédios para controlar o colesterol entre os anos 2000 e 2011.

Foto: Shutterstock
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“Parte deles parou de tomar os remédios, seja por efeitos colaterais ou porque não acharam necessário. Os pacientes que pararam tiveram mais incidência de eventos cardíacos e cerebrais, ou seja, tiveram mais infartos do que os que continuaram tomando a medicação”, preocupa-se.

Roberto Kalil explica que as duas primeiras medidas para combater o colesterol alto é fazer exercícios físicos e ter uma dieta balanceada. O exercício físico é o único capaz de aumentar o HDL, conhecido por colesterol bom. “É o que protege as pessoas contra o infarto, pois funciona como um ‘detergente’ nas paredes das artérias”, explica.

Quando se trata do colesterol ruim, o LDL, quando não controlado pela alimentação ou exercícios físicos, é preciso lançar mão de medicações. Kalil explica que os efeitos colaterais dos medicamentos de primeira escolha para controlar o colesterol, as  estatinas, são mínimos, como dor muscular e às vezes um aumento discreto das enzimas do fígado.

Se a pessoa não se adaptar com as estatinas e o colesterol estiver ainda sem controle, Kalil conta que há outras alternativas medicamentosas.

“Há atualmente medicações mais modernas, o que não significa que sejam melhores, mas se a pessoa não pode tomar estatinas e o colesterol continua alto, essas medicações recém-lançadas, de uso subcutâneo e uma vez por mês, podem ser utilizadas quando já se esgotaram todas as medidas, como exercício físico, dieta, estatinas e outros remédios para baixar o colesterol.”

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