Quando suspeitar que seu filho está com algum problema no coração?
Por Estela Azeka
O coração é o órgão que leva os nutrientes para todo o corpo humano. Desta forma, ele deve estar funcionando adequadamente para poder exercer o seu trabalho de forma ideal.
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Do ponto de vista cardiovascular, o cuidado materno inicia-se já no período pré-natal, com alimentação, prevenindo processos infecciosos; e evitando o uso de drogas, principalmente no primeiro trimestre da gravidez, para não afetar a formação e o desenvolvimento dos órgãos.
As principais cardiopatias na criança são: as congênitas, que são cardiopatias com anomalias na estrutura do coração; e as adquiridas, por conta de uma infecção no músculo do coração, chamada de miocardite.
Crianças portadoras de cardiopatia podem não apresentar sintomas inicialmente. No entanto, com o passar do tempo, pacientes assintomáticos podem tornar-se sintomáticos.
É importante observar a presença de alguns sinais e sintomas na criança para detectar a cardiopatia o mais precocemente possível. Assim, as investigações diagnósticas e terapêuticas poderão ser realizadas de forma mais eficaz.
Os indicativos vão depender da faixa etária em que a cardiopatia se manifesta, mas podem ocorrer, por exemplo, dificuldade de ganho pôndero-estatural, infecções pulmonares de repetição e cansaço às mamadas.
Podem ocorrer também cianose dos lábios e das extremidades e crises de hipóxia, uma situação emergencial onde o paciente necessita de cuidados hospitalares.
Outros sinais são palpitações, sudorese às mamadas, palidez, edema, sincope e dor precordial, que devem ser avaliados inicialmente pelo pediatra. Havendo uma suspeita maior, o pediatra encaminhará a criança ao cardiopediatra.
De uma forma geral e resumida, recomenda-se que a investigação da cardiopatia na criança seja realizada quando a mãe notar a presença de alguma das queixas acima citadas.
Nesta situação, um exame físico minucioso pode detectar a presença de sopro cardíaco, e o auxílio de exames laboratoriais, como radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma com doppler colorido, possibilitarão a melhor conduta terapêutica a ser tomada, evitando, desta forma, a evolução natural da cardiopatia e suas eventuais complicações.
* Estela Azeka é livre-docente da FMUSP e médica assistente do Instituto do Coração (InCor)