Será que é Alzheimer? Saiba quais são os primeiros sinais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 47 milhões de pessoas sofram com a Doença de Alzheimer no mundo atualmente. A cada ano, cerca de 10 milhões de novos casos são registrados. Mas como diferenciar o Alzheimer de um “esquecimento” comum?
Segundo o Instituto Alzheimer Brasil, alterações de memória podem ocorrer em qualquer fase da vida. É possível que derivem, inclusive, de problemas como depressão, anemia, doenças da tireoide, abuso de consumo de álcool e outros.
O diagnóstico do Alzheimer costuma acontecer quando se verifica que os esquecimentos são cada vez mais frequentes e variam de acordo com a atividade. Além disso, a pessoa com a doença começa a se “prender” cada vez mais no passado.
“Em um teste simples, basta você contar um fato após dizer o seu nome ao idoso. Após ser perguntando novamente sobre o seu nome, ele terá esquecido essa informação”, explica.
Confira a seguir os sintomas mais comuns na fase que antecede o diagnóstico e o início do tratamento do Alzheimer
– Perda de memória para informações recentes: a pessoa frequentemente esquece onde deixou objetos e repete a mesma pergunta ou história recente por diversas vezes;
– Dificuldade para aprender coisas novas: fatos novos do cotidiano são assimilados com maior dificuldade. A pessoa não consegue, por exemplo, relatar o que viu no jornal ou na novela há poucas horas.
– Colocar objetos em lugares inadequados: a pessoa perde a referência espacial e coloca, por exemplo, alimentos na gaveta de roupas, chaves dentro do armário.
– Perda da habilidade para realizar tarefas: atividades até então corriqueiras, como cozinhar, fazer reparos, fazer compras e lidar com o dinheiro tornam-se muito mais complexas.
– Esquecimento de tarefas banais: a pessoa, por vezes, se esquece de ter almoçado ou tomado banho. Ou, pelo contrário, garante já ter feitos estas atividades, mesmo que não seja verdade. Isso gera problemas sérios de higiene e de alimentação.
– Descuido com a aparência e higiene pessoal: está relacionado ao item anterior, mas neste caso, a pessoa usa a mesma roupa por vários dias e também perde o interesse em se arrumar.
– Alterações súbitas de humor e/ou personalidade: em um curto espaço de tempo, a pessoa muda sensivelmente de humor e, com o tempo, pode passar a ficar mais desconfiada, agressiva ou até amedrontada.
– Perda de noção de tempo e lugar: a pessoa se mostra desorientada em relação ao dia, mês e ano, se esquece de datas que antes memorizava (aniversários, por exemplos) e tem dificuldades para refazer caminhos até então conhecidos.
– Julgamentos equivocados: a pessoa passa a desconfiar de que estejam lhe roubando objetos e valores. A desconfiança, muitas vezes, recai sobre pessoas próximas, com quem sempre conviveu.
– Fixação no passado: a pessoa passa a contar memórias mais antigas. No entanto, mesmo essas histórias costumam apresentar “buracos”, verificados pelos próprios familiares.
Texto
Thassio Borges
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo
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