Teste com “pasta de dente” identifica perigo nas artérias

21 de julho - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

Já imaginou que um simples tubo de pasta de dentes comum pode te salvar de um ataque cardíaco? Pois no Reino Unido, cientistas das universidades de Cambridge e Edimburgo descobriram um teste fácil e barato que pode transformar a maneira como os médicos identificam as pessoas com risco de sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Usando um ingrediente que é encontrado na pasta de dentes, eles acreditam que podem detectar zonas de perigo nas artérias que apontam para um risco futuro de desenvolvimento de coágulos sanguíneos.

Segundo matéria publicada na revista Nature Communications e veiculada recentemente no jornal britânico Daily Mail, os cientistas afirmam que a técnica permitirá que os pacientes com risco de entupimento arterial sejam identificados de maneira mais eficaz, e os tratamentos atuais sejam administrados para aqueles que mais precisam.

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Foto: Shutterstock

A técnica utiliza fluoreto de sódio marcado com uma pequena quantidade de traçador radioativo, que identifica qualquer quantidade de cálcio instável nas artérias.

O cálcio é um componente-chave em depósitos de gordura (placas) que são responsáveis pelo endurecimento das artérias, uma condição conhecida como aterosclerose.

Quando esses depósitos se tornam instáveis, podem levar à formação de coágulos sanguíneos, causando problemas como um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.

Essa doença cardiovascular é responsável por mais de 124 mil mortes por ano no Reino Unido. No Brasil, segundo dados de 2011 do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no País em um ano. Isso significa que mais de 308 mil pessoas faleceram principalmente de infarto e AVC.

Entretanto, se um paciente se submeter ao teste com a injeção de fluoreto de sódio, esses depósitos podem ser identificados no exame, fazendo com que os médicos vejam que há uma complicação em potencial.

O teste pode ajudar a detectar as pessoas com potencial de risco, além de permitir a cirurgia e o tratamento precoces,  ao mesmo tempo que poderia auxiliar no desenvolvimento de novos medicamentos.

Segundo a reportagem, esta nova técnica é a única plataforma de imagem que pode detectar, de forma não invasiva, os primeiros estágios de calcificação na aterosclerose.

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