Transplante de medula óssea tem aumento de 26% no primeiro semestre de 2019

27 de setembro - 2019
Por: Equipe Coração & Vida
Foto: shutterstock
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Uma boa notícia para os brasileiros: o país registrou aumento no número de transplantes de medula óssea no primeiro semestre de 2019. Na sexta-feira 27, o Ministério da Saúde divulgou novo balanço:  crescimento de 26,8%, passando de 1.404, nos primeiros seis meses de 2018, para 1.780, no mesmo período desse ano. Necessário em casos de doenças como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, entre outras doenças autoimunes, apesar do aumento, o número de doadores de transplante de medula óssea no país ainda é baixo.

Hematologista do hospital Albert Einstein, Nelson Hamerschlak afirma que a possibilidade de encontrar um doador varia de acordo com a tipagem sanguínea de cada paciente. “A chance, hoje, é de 60 a 70%. Mas há tipos sanguíneos mais raros de serem encontrados, cujas chances passam a ser de uma em um milhão”, explica o especialista.

Atualmente, são 35 mil pessoas que aguardam na fila. Por isso, ainda é necessário aumentar o banco de doadores.

Mais:
21 de setembro: Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. Veja como fazer parte desta lista:

E para entrar nessa lista de doador é mais fácil do que se imagina. Após cadastro em um hemocentro mais próximo, coleta-se um pequeno tubo de 10 ml de sangue para a tipagem de HLA (teste de histocompatibilidade, que identifica as características genéticas de cada indivíduo), que será encaminhado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, o REDOME. A partir daí, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o voluntário será consultado para decidir quanto à doação.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes do país.

Dados da pasta também confirmam aumento no número de transplantes de coração em 6,3%, passando de 191 para 203. Ambos tipos de transplantes (de medula óssea e coração) são considerados os mais complexos, devido ao curto tempo entre captação e cirurgia de implantação, estrutura hospitalar e equipes especializadas.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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