Recuperação também envolve exercícios e hábitos saudáveis
Thassio Borges
A depressão é considerada por muitos como a doença do século. Os dados expostos na primeira reportagem deste Especial ajudam a corroborar esse pensamento, embora os próprios especialistas tenham opiniões divergentes sobre o assunto. Para o psiquiatra Renério Fráguas Júnior, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, tratar a doença dessa forma é um exagero. Apesar disso, o especialista reconhece os problemas gerados pela enfermidade, especialmente no que diz respeito à incapacitação de quem tem a doença.
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Ainda de acordo com Fráguas Júnior, mais pessoas têm sido diagnosticadas com depressão atualmente. Em parte porque o diagnóstico passou a compreender formas mais brandas da doença, em parte porque os fatores que a motivam, de fato, aumentaram.
Se é verdade que a ocorrência da depressão aumentou nos últimos anos, é fato também que os tratamentos tornaram-se mais acessíveis, bem como a disseminação de práticas que ajudam a aliviar os sintomas. Confira no infográfico abaixo os tipos de tratamento adequados à depressão. Vale lembrar, é claro, que todos dependem de uma avaliação e recomendação médica, a fim de indicar os tipos mais adequados para cada caso da doença.
– Medicamentos
Os remédios constituem parte importante do tratamento contra a depressão e devem ser receitados por um médico que acompanhará todo o processo a fim de evitar efeitos colaterais sérios.
– Terapia com psicólogo
Outro ponto importante. É considerada por muitas pessoas com depressão como a válvula de escape da doença, ocasião em que podem organizar seus medos e traumas de modo a evoluir satisfatoriamente.
– Acompanhamento com psiquiatra
O acompanhamento com o psiquiatra é essencial durante todo o tratamento, não apenas por conta dos medicamentos. O psiquiatra deverá avaliar a evolução do paciente levando em consideração os remédios administrados, a terapia e outras atividades pessoais, que também interferem no processo.
– Alimentação adequada
Apesar de menosprezada por boa parte das pessoas em tratamento contra a depressão, a alimentação pode influenciar a evolução e o aparecimento dos sintomas no dia a dia. É importante, portanto, consultar um profissional adequado para o assunto, seja um nutricionista ou um endocrinologista.
– Exercícios físicos
Uma das partes mais difíceis de executar no tratamento. Quem tem depressão considera não ter ânimo e disposição sequer para uma caminhada no parque. O importante aqui é descobrir alguma atividade física que lhe dê prazer. Não gosta de academias fechadas? Corra em circuitos de ruas e parques. Não gosta de corrida? Pratique esportes coletivos semanalmente. Com o tempo, seu corpo e sua mente irão se adaptar à rotina e os exercícios físicos lhe trarão diversos benefícios, não apenas no combate à depressão.
– Desenvolvimento de hobbies
Outro ponto importante no combate à depressão diz respeito ao desenvolvimento de hobbies. Procure estabelecer um tempo livre durante a semana para dedicar-se à pintura, ao cinema, à leitura, a uma prática esportiva específica, etc. As opções são variadas e atendem a todos as faixas etárias, gêneros e condições sociais.