Veja como proteger seu filho contra as viroses

07 de fevereiro - 2019
Por: Equipe Coração & Vida

É fato: depois das férias, quando a criança volta a frequentar a escola, a chance de pegar viroses é maior. Mas, afinal, o que fazer para lidar com esse problema durante as aulas, e minimizar o risco de contrair doenças? O Coração&Vida conversou com a pediatra Flávia Nassif, que deu dicas sobre como proteger os pequenos desses infortúnios.

De acordo com a médica, nessa época do ano as doenças de pele e as gastroenterocolites agudas são muito frequentes – e transmissíveis. “Uma forma de evitar é não compartilhar objetos, como brinquedos que vão à boca, copos e talheres”, explica Flávia. Além delas, os enterovírus, hepatite A, adenovírus e herpes vírus costumam ser mais presentes no início do ano. Doenças como conjuntivite e outras que provocam problemas respiratórios também podem aparecer.

Uma criança que não se alimenta bem e também não tem um sono bom, pode ficar mais suscetível a viroses - Foto: Shutterstock
Uma criança que não se alimenta bem e também não tem um sono bom, pode ficar mais suscetível a viroses – Foto: Shutterstock

A pediatra conta que, a partir do momento em que as crianças começam a frequentar escolas ou creches, elas ficam, de fato, mais vulneráveis a adquirirem algumas infecções. “Contra algumas há vacinas que previnem a própria doença ou as complicações relacionadas a ela, como é o caso da gripe, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e poliomielite”, diz.

Crianças menores de dois anos são mais vulneráveis

Crianças com menos de dois anos de idade ficam ainda mais desprotegidas por ainda não terem tomado todas as vacinas, explica Flávia. “Além disso, ainda não possuem memória imunológica, ou seja, estão entrando em contato com muitos agentes infecciosos pela primeira vez. Além da faixa etária, outro aspecto relevante é se a criança tem alguma doença de base que poderia agravar essa vulnerabilidade, como alguns tipos de cardiopatias, doenças pulmonares ou imunodeficiências”, conta.

Para minimizar o risco de algum problema mais sério para crianças pequenas, é importante que as crianças estejam com o calendário vacinal atualizado, bem como ter recebido aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. “São fatores de proteção”, explica a pediatra.

Cuidados

Como os pequenos passam a levar lancheira para se alimentar durante o intervalo das aulas, é preciso ter cuidado ao preparar o alimento, ou, se comprar em algum estabelecimento, que a comida tenha procedência conhecida, minimizando, assim, o risco de contaminação alimentar. Também, procure oferecer lanches leves e naturais para a criança.

Se a criança, infelizmente, ficou doente, o ideal é evitar que ela tenha contato com outras crianças, pela possibilidade de transmitir o mesmo vírus. “Dependendo do tipo de infecção, o melhor é ficar em casa. Em primeiro lugar, isso vai evitar a transmissão a outras crianças, e, em segundo lugar, a criança ainda debilitada fica mais suscetível a pegar outras doenças na sequência”, aconselha Flávia. “Na dúvida, questione sempre seu pediatra”.

Alimentação e sono são importantes

Uma criança que não se alimenta bem e também não tem um sono bom, pode ficar mais suscetível a viroses, pois a falta desse equilíbrio pode diminuir a imunidade. Logo, oferecer uma alimentação saudável e variada para as crianças, além de proporcionar um bom ambiente de sono a elas ajuda a manter as defesas do corpo mais fortes. Além disso, o sono ajuda no rendimento escolar e capacidade de concentração.

Leia também: Crianças à mesa: os desafios dos pais nas refeições

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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