Dieta sem lactose não é unanimidade entre especialistas
Milla Oliveira
Coração & Vida inicia hoje um especial sobre os benefícios e os riscos das dietas da moda. Os regimes sem lactose e glúten conquistaram famosas como a cantora Luiza Possi e a apresentadora Angélica, que afirmaram ter emagrecido com a retirada das substâncias da alimentação. Contudo, essas dietas não são unanimidade entre os especialistas no assunto, que só indicam uma alimentação livre desses nutrientes em casos de intolerância.
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A nutricionista Karina Yamasaki, do Ganep (Grupo de Apoio à Nutrição Humana), afirma que quem não tem nenhuma alergia ou intolerância ao leite não precisa retirar o alimento da dieta. “O leite é fonte de proteínas de alto valor biológico e de diversos minerais, tendo como principal o cálcio. Além disso, algumas pesquisas mostraram que pessoas que consomem leite e derivados têm uma dieta mais rica em fibras”, diz.
Já nos casos de intolerância, o organismo não produz ou diminui o nível da enzima que digere a lactose, chamada de lactase. Estudos apontaram que o problema atinge 70% dos brasileiros na atualidade. Com a falta ou diminuição da lactase, o trato gastrointestinal recebe o leite e produtos lácteos que contenham lactose como um “corpo estranho”, gerando sintomas desagradáveis como flatulência, distensão e dores abdominais, além de diarreia.
A especialista explica que há três tipos de intolerância à lactose: a congênita, quando há ausência total da enzima lactase desde o nascimento; a primária, que é a redução da enzima ao longo dos anos; e a secundária, que se deve à perda da atividade da enzima lactase como resultado de doenças gastrointestinais, infecções cirúrgicas, medicamentos e radioterapia.
No entanto, a nutricionista salienta que são necessárias 20 a 50 gramas de lactose para desencadear os sintomas. Alguns iogurtes e queijos possuem baixa quantidade da substância, podendo ser consumidos por algumas pessoas, mesmo com intolerância.
Confira detalhes sobre a intolerância à lactose:
